Por ocasião do centenário da Cia. Mogyana de Estradas de Ferro, o jornal o Estado de São Paulo publicou, em 3 de dezembro de 1972, extensa reportagem sobre a ferrovia.
Poços de Caldas é citada em algumas passagens, e a mais interessante é reproduzida pelo Memória de Poços, abaixo. Acompanhe.
Poços de Caldas é citada em algumas passagens, e a mais interessante é reproduzida pelo Memória de Poços, abaixo. Acompanhe.
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Até a época em que os cassinos funcionavam com jogo aberto e as estradas de rodagem não eram pavimentadas, as pessoas de posse, do Rio e de São Paulo, consideravam como chique e demonstração de riqueza, passar temporadas anuais em Poços de Caldas. A Mojiana colocava nesse ramal o melhor de seu material rodante, e os trens faziam poucas paradas, a não ser as essenciais para os cruzamentos.
Até a época em que os cassinos funcionavam com jogo aberto e as estradas de rodagem não eram pavimentadas, as pessoas de posse, do Rio e de São Paulo, consideravam como chique e demonstração de riqueza, passar temporadas anuais em Poços de Caldas. A Mojiana colocava nesse ramal o melhor de seu material rodante, e os trens faziam poucas paradas, a não ser as essenciais para os cruzamentos.
O problema que a Mojiana tinha que enfrentar era o dos agenciadores, que tomavam o trem em Águas da Prata e durante a subida da serra procuravam apregoar aos turistas as qualidades dos hotéis que representavam.
"Os maiores magnatas e playboy da época viajaram pelos trens de luxo e Poços de Cadas, cujos prefixos eram P5 e P6", diz um ferroviário. Artistas de renome, como Marta Egerl, e o próprio Getúlio Vargas foram passageiros dessa linha.
Poços de Caldas recebeu a denominação de "cidade das rosas" pela existência do jardim defronte da estação da Mojiana, idealizado e plantado por um telegrafista, descendente de alemães.
Manoel Carlos de Toledo, assessor de relações públicas da Fepasa, diz, com orgulho, que "muita gente de relevo passou pela Mojiana", recordando, de memória, "e com o perigo de cometer muitos lapsos e injustiças" o engenheiro, Odon de Figueiredo Ferraz -pai do prefeito de São Paulo- o pai do escritor Mário Palmerio, o reitor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, professor Benedito José Barreto Fonseca e Marcos Mélega.
Mais adiante, o jornal antevê um dos motivos que liquidariam boa parte das ferrovias brasileiras: a concorrência das rodovias.
"os ônibus, por enquanto, ainda oferecem seria concorrencia. Mas as estradas de ferro -no caso especial da Mojiana- ainda poderão enfrentar o transporte ferroviário de passageiros, "desde que haja retificação das linhas, o que diminuirá os tempos de percurso e a substituição de vagões por outros mais modernos".
Link para o Acervo do jornal:
https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19721203-29962-nac-0070-999-70-not
Clique nas imagens do Memória de Poços de Caldas para ampliá-las.
"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".
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