Há duas semanas Memória de Poços de Caldas desvendou o mistério da pequena construção que havia na Rua Junqueiras, contando para tanto com a preciosa ajuda de D. Maria do Carmo Moreira, que recordou inclusive o apelido da pessoa que ali vendia leite.
E é ela que traz agora uma série de lembranças, enviadas por seu filho Marco Antonio. Confira na íntegra o que conta D. Maria do Carmo:
"Olá, como vai?
Claro que você não irá se lembrar das coisas que comentarei aqui, pois é muito mais novo que eu, o meu filho Marco sabe um pouco disso porque eu falo muito sobre a Poços da minha juventude, e ele como Professor de História gosta muito do assunto.
Será que alguém se lembra:
- do balanço da casa do Mons. Faria, onde as crianças brincavam após as aulas de catecismo?
- da "venda" do sr. Carvalho e do sr. Estevão, na Rua Assis, perto da minha casa e próximo a Matriz?
- da dna. Terezinha Roque, uma velhinha italiana encantadora, parecida com uma "avózinha de conto de fadas", que ensinava tricot e francês, e morava também lá na Rua Assis?
- do "Gino italiano", um senhor muito bom, que também morava lá na Rua Assis nos anos 40?
- da sorveteria da Risolinha, também na Rua Assis, perto da Matriz?
- dos médicos que faziam da medicina um sacerdócio, tão diferentes da maioria dos médicos de hoje. Os doutores Martinho Mourão, Damini, Rômulo Cardillo, Luiz Loiola e outros mais recentes, como os Moralles?
- da Casa Paraíso, Casa Camilo, Ponto Ajour, Bazar Paulista e outras lojas que já não existem mais?
- do Bar Rádio, em frente ao Ponto Ajour, que fazia um manjar branco delicioso?
- das procissões tão lindas, com as crianças vestidas de anjinhos, e da Cruzada Infantil, dirigida pela Irmã Benedita?
- da fanfarra do Colégio Marista?
- da farmácia do Nassif, pai do jornalista Luis Nassif?
- de "Miss Tamara", que segundo diziam, era na verdade Anastácia, a filha do último Czar da Rússia, e hoje encontra-se sepultada em Poços e foi até tema de uma reportagem no Fantástico há uns 15 anos atrás?
- de um dos funcionários mais antigos da Prefeitura, o sr. Joaquim Felisberto Filho, o "Seu Quinzinho", sempre com seu chapéu, sua bengala e uma sacolinha na mão, meu saudoso pai?
Que saudades daquela Poços de Caldas, tão mais tranquila, tão aconchegante, tão bem cuidada, e que triste ver como a atual administração municipal está deixando uma parte da História se acabar aos poucos, graças ao descaso e sabe-se lá mais o que...".
Maravilhosa mais essa contribuição a enriquecer o conteúdo do Memória de Poços de Caldas. De novo, muito obrigado à D. Maria do Carmo e ao Marco Antonio.
"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".
1 comentários:
Olá Rubens, eu e minha mãe gostamos muito da lembrança, logo a "Dna.Maria do Carmo" manda mais algumas lembranças, ok ? Abraços !
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Memória de Poços de Caldas é um trabalho cultural, sem fins lucrativos, e democrático. Aqueles que quiserem se comunicar diretamente com o autor podem fazê-lo pelo email rubens.caruso@uol.com.br .