terça-feira, 4 de outubro de 2011

O EXEMPLO OFICIAL - 3

As imagens acima mostram o que deve ser o "conceito de preservação de patrimônio histórico" em Poços de Caldas. Todos os muros observados na foto inferior estão construídos sobre o leito da ferrovia, em área integrante do perímetro de tombamento devidamente regulamentado.
   
Condephact -Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico-, Prefeitura e Ministério Público parecem considerar que está tudo em ordem. O espaço para se manifestarem está aberto. Aos leitores, como sempre, também.
   
Às vezes essa discussão soa como aparente utopia, mas é assunto que  interfere no turismo em Poços de Caldas, ou na preservação da história da cidade, ou ainda, no futuro do transporte coletivo local.
  
A foto antiga, de 1984, é de José H. Bellorio, publicada aqui.
   
Clique nas imagens do Memória de Poços de Caldas para ampliá-las
   

6 comentários:

Anônimo disse...

Sobre as casas da beira-linha não deveriam ser preservadas nas mesmas condições da estação? Pois estão quase todas descaracterizadas salvo uma ou outra e não vejo em suas publicações o mesmo empenho em relação a esta parte do patrimônio. Os (não sei se legalmente) ocupantes não deveriam ser cobrados sobre essa agressão ao patrimônio?

Rubens Caruso Jr. disse...

Anônimo (uma pena...),
dê uma olhada em:
http://www.memoriadepocos.com.br/2011/07/preservacao-do-patrimonio-ferroviario.html

Acho que responde sua dúvida.

Grato.

Anônimo disse...

O ponto importante que toquei refere-se a descaracterização das casas e não existe nada na reportagem sobre essas residências totalmente modificadas.

Rubens Caruso Jr. disse...

Perfeito. E você, como cidadão, o que fez para evitar as modificações nas casas? Se eu estivesse aqui na época aposto que nem o Polytheama teria ido ao chão sem pelo menos uma grande discussão.
As casas são em geral ocupadas por descendentes de funcionários da Ferrovia e se você analisar bem vai ver que no link que citei está o pedido de tombamento de todo o patrimônio ferroviário até a divisa com SP, o qual protocolei na Seplan para análise do Condephact.O que inclui as casas, os trilhos, as pontes, a estação Bauxita....
Modificado ou nem tanto, é certo que nunca é tarde para salvar o que resta do patrimônio. Minha batalha nesse caso é contra a vergonhosa atuação (ou falta de) da prefeitura, que não preserva nem obriga a preservar o que já está tombado por lei. A Estação foi porcamente reformada -dizer que aquilo é "restaurado" é achar que as pessoas são ingênuas; tudo o que está sendo modificado e/ou construído ao lado da Estação, com anuência da prefeitura, está dento do perímetro de tombamento. Agora fica a pergunta: o que é pior, as casas modificadas ou construir uma série de muros sobre os trilhos e fechar o acesso à Estação?
Se quiser conversar comigo e aprofundar o debate, meu email é rcaruso@pocos-net.com.br.
Por fim, e você, está fazendo sua parte para salvar o que é SEU?
Saudações.

Rafael Ferreira disse...

Não podemos inverter os valores...não é obrigação do Memória de Poços preservar o patrimonio,e sim do poder público...a obrigação de cobrar que isso seja feito é de cada um de nós,e o empenho do Caruso é um exemplo a ser seguido,e não a ser cobrado!

Abraços.

Rubens Caruso Jr. disse...

Grato, Rafael. De fato, "onde o poder falha o cidadão trabalha".
Dia desses me perguntaram: "o que é que você está ganhando com isso?". Respondi: "dor de cabeça".
Um abraço.

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Memória de Poços de Caldas é um trabalho cultural, sem fins lucrativos, e democrático. Aqueles que quiserem se comunicar diretamente com o autor podem fazê-lo pelo email rubens.caruso@uol.com.br .